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sábado, 2 de novembro de 2013

ensopado de frango com inhame

tenho especial fetiche por este prato inventado com variabilidade de condimentos e especiarias ... nada complicado, intenso, estimulante, delicioso!!! e hoje tô a fim de sustância!!!
esta comidinha foi uma descoberta desprevenida e realmente especial, que eu tenho aperfeiçoado, vez em quando.

para alimentar e encantar, para além da arte culinária, da habilidade com a colher de pau é necessário inventar, aquecer, ... 'fazer tu perceber, que sem eu aí não tem, ninguém pra te aquecer'.

quem não conhece o inhame???

voilà!!! seus benefícios são inúmeros, mas o povo consome sem saber o bem que ele faz!!!
até no café-da-manhã ele merece consideração como um carboidrato do bem, e muito apropriado pra ser adicionado à dieta.

o inhame tem como função levar água e nutrientes para a planta, sendo assim, é fácil deduzir que ele é rico em muitos nutrientes:
carboidratos, cálcio, ferro, fósforo, vitaminas do complexo b, ... portanto, ele é extremamente recomendado, inclusive, pras pessoas que desejam emagrecer.
o inhame é um carboidrato do bem!!!
pode ser ingerido de várias formas, inclusive, como suco ...
por ora, vou ensinar um ensopado que é habitual aqui no lar: o ensopado de frango com inhame e repolho [opcional].

ingredientes:
6 sobrecoxas de frango, sem o osso, cortadas ao meio
1 colher de sopa do meu tempero - receita aqui!!! -
1 maço de coentro - opcional
5 inhames cortados em rodelas
1 xícara/chá de molho de tomate - pode ser caseiro
coloque as especiarias que tiver/gostar/quiser: cominho, pimenta do reino, canela, açafrão, curry, pimenta calabresa, orégano, estragão, coentro, alecrim, páprica picante ou não ... o lance é inventar sabor!!!
quanto mais sabores, melhor!!!
1 sachê de sazon nordeste ... é especial
1 sache de caldo de bacon
1/2 repolho cortado em tiras - opcional - pode substituir o repolho por ervilhas frescas/congeladas

preparando:
retire os pelinhos da casca do inhame, raspando com uma faca e mantendo a casca fininha bem limpinha ... aí está o segredo pra manter o máximo de nutrientes.
na panela coloque o frango, o inhame, o coentro, todas as especiarias, o caldo de carne, o sazon, acrescente água cobrindo todo mundo. deixe cozinhando por 20/25 minutos.

retire do fogo e, se frango e inhame estiverem macios, coloque o repolho, água fervente, se necessário, e deixe cozinhar até o repolho ficar molinho. mexa cuidando pra não deixar colar no fundo.
sirva acompanhado de arroz e/ou salada.

abracadabra et, voilà!!!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

um conto, uma receita - sobrecoxas de peru ou frango, ao forno

Uma Galinha - Clarice Lispector -

Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã.

Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio.

Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto vôo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro vôo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa, lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar, vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta, hesitante e trêmula, escolhia com urgência outro rumo. A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar, sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa o grito de conquista havia soado.

Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre.

Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se pode­ria contar com ela para nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma.

Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi presa. Em seguida carregada em triunfo por uma asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com certa violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos roucos e indecisos. Foi então que aconteceu. De pura afobação a galinha pôs um ovo. Surpreendida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois, nascida que fora para a maternidade, pare­cia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o ovo e assim ficou, respirando, abotoando e desabotoando os olhos. Seu coração, tão pequeno num prato, solevava e abaixava as penas, enchendo de tepidez aquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e assistiu a tudo estarrecida. Mal porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento, despregou-se do chão e saiu aos gritos:

— Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! ela quer o nosso bem!

Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentando seu filho, esta não era nem suave nem arisca, nem alegre, nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum sentimento especial. O pai, a mãe e a filha olhavam já há algum tempo, sem propriamente um pensamento qualquer. Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha. O pai afinal decidiu-se com certa brusquidão:

— Se você mandar matar esta galinha nunca mais comerei galinha na minha vida!

— Eu também! jurou a menina com ardor. A mãe, cansada, deu de ombros.

Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A menina, de volta do colégio, jogava a pasta longe sem interromper a corrida para a cozinha. O pai de vez em quando ainda se lembrava: "E dizer que a obriguei a correr naquele estado!" A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos, menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de apatia e a do sobressalto.

Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena coragem, resquícios da grande fuga — e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado como num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua espécie já mecanizado.

Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara contra o ar à beira do telhado, prestes a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões com o ar impuro da cozinha e, se fosse dado às fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente. Embora nem nesses instantes a expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho — era uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos.

Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos.
ingredientes:
6 belas sobrecoxas - ou coxas - de peru ou de frango, com a pele
1 lata pequena de massa de tomate
1 sachê de caldo de galinha ou legumes
alguns legumes cortado e cozidos em água e sal - couve de bruxelas, alho porro, cebolas, brocolis, cenouras, batatas, e outros de sua preferênia
50 ml de água morna
1 copo de vinho tinto seco
1/2 colher - sopa - de suco de limão
1/2 colher - sopa - de curry em pó
1 colher - chá - de açafrão em pó
2 colheres - sopa - de um combinado entre alecrim, manjericão e orégano
sal se necessário
pimenta a gosto
cebolinha e salsinha picadas

preparando:
pré-aqueça o forno em temperatura média. o meu é a 180°c. cada uma sabe como se comporta o seu forno.
mantenha uma chaleira ou leiteira com água fervente para acrescentar ao molho da assadeira, enquanto a carne estiver no forno.
em uma panela antiaderente, frite em fogo alto as sobrecoxas/coxas de peru/frango com a pele, virando de todos os lados, para deixar sair a gordura. deixe que fiquem douradas. adicione o sal e a pimenta, com cuidado, sem exagero.
para o molho, coloque o sache de caldo em uma tigela, adicione a lata de massa de tomate, o vinho, e diluia tudo com a água morna.
adicione o suco de limão, o combinado de manjericão e orégano, a pimenta e acerte o sal.
o molho deve ser espesso mas não consistente, se necessário adicione mais água.
coloque as sobrecoxas/coxas de frango/peru em uma assadeira, ajeite os legumes cozidos, polvilhe com curry e açafrão, e despeje o molho de tomate sobre todo mundo.
deixe no forno por 1 hora e meia. se achar que está assando muito rápido, baixe um pouco a temperatura.
vá regando a carne com o molho da assadeirae, se necessário, vá acrescentando, aos pouco, água fervente.
para servir salpique com a salsinha e cebolinhas picadas.
polenta mole ou arroz branco são ótimos acompanhamentos.

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

frango com catupiry e batata palito

adoro batata, frita, cozida, na fritada, em forma de bolo, no guisado, com bacalhau, na sopa, ... como for.

batata, a companheira ideal!!!

a receita de hoje é diferente. unidos, frango, catupiry e fritas, na mesma travessa, no mesmo forno, ao mesmo tempo, economizando espaço e esbanjando criatividade, resultaram numa refeição prática e saborosa.
mãos à obra!!!

ingredientes:
12 sobrecoxas de frango, sem a pele, cortadas em cubos
3 colheres - sopa - do meu tempero - receita, aqui
sal ou sache de caldo de galinha, a gosto
pimenta do reino
alecrim
azeite de oliva extra virgem
1 bisnaga de requeijão catupiry
2 xícaras - chá - de molho de tomate pronto de boa qualidade
ou
2 xícaras - chá - de molho de tomate feito em casa
1 pacote de batata palito pré-frita

preparando:
temperar as sobrecoxas cortadas em cubos, com o meu tempero - receita, aqui - com o sal ou os saches de caldo de galinha, com a pimenta, com o alecrim, e deixar descansar por 1 hora.
numa panela, aqueça o azeite e refogue o frango. não despreze os temperos.
quando estiver refogado, fritinho, acrescente o molho de tomate, deixe apurar por 5 minutos.
unte um refratário com azeite, forre com o catupiry, coloque o frango, cubra com as batatas e leve ao forno quente até que as batatas estejam douradas.

é isso.
requeri/regina claudia